domingo, dezembro 16, 2007

BOAS FESTAS

Canto das Letras / Dezembro 2006
O maior presente destas festas é, celebrá-las com os que mais gostamos...

FELIZ NATAL!
********************
Fotografias / ASAS /Canto das Letras - Carolina / "Meditações do Pai Natal"

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Apontamento Biográfico


António Ramos Rosa, nasceu em Faro, a 17 de Outubro de 1924, e aí viveu durante a sua juventude, tendo-se radicado definitivamente em Lisboa, em 1962, depois de duas breves estadas na capital nos anos , durante os quais teve uma experiência gorada como empregado de escritório, de que é testemunho o conhecido « Poema Dum Funcionário Cansado ».

Depois de, em Faro, ter recorrido às explicações como meio de subsistência, Ramos Rosa, já em Lisboa foi fazendo traduções, até se consagrar a tempo inteiro à poesia. Por isso mesmo daquele que bem cedo escreveu «Desertei da Biografia e dos Relógios» (Viagem através de uma Nebulosa) se pode dizer - literalmente e em todos os sentidos - que a sua vida se confude com a Poesia, tendo a sua (pequena) casa sido sempre ( grande) espaço informal de acolhimento e de intercâmbio - directo ou por meio de livros e correspodência - com outros poetas e leitores de poesia, tanto portugueses como estrangeiros.

Para além das muitas obras que foi publicando, a sua intensa actividade poética, crítica e ensaísta foi-se disseminando, ao longo de toda a segunda metade do século xx, em projectos editoriais como as revistas de poesia Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia, bem como em diversos jornais e revistas, de que se destacam, entre outros, os suplementos literários do Diário de Notícias e d'A Capital, o Jornal de Letras e a Colóquio/ Letras. A sua personalidade e obra têm merecido não só a consideração dos seus pares, como a distinção de prémios literários nacionais e internacionais (Prémio de Tradução da Fondation de Hautvilliers (1976); Prémio do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários e Prémio PEN Clube de Poesia (1980); Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1989); Prémio da Bienal de Poesia de Liége (1991); Poeta Europeu da Década, atribído pelo Collège de L'Europe (1991); Prémio Jean Malrieu (1992).

Confirmando a importância do seu percurso literário e o rigor do seu trabalho poético, foi-lhe atribuído, em 1998, o Prémio Pessoa, a que se têm associado outras condecorações, como aquelas recebidas em 1984 e 1997 - respectivamente de Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada e de Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. [...]

Antologia Poética- Selecção , Perfácio e Bibliografia de Ana Paula Coutinho Mendes

Bloco Intacto


Abrindo a álea vertical
sobre o vértice do instante
sem frenesim mas denso de
todo o sangue que me enche no silêncio desta álea
caminho para ti
lenta lentamente a densa bola sobre o jacto de água dança
e eu sou o jorro de água eu sou a bola em equilíbrio
a permanente coroa branca efervescente branca
na tranquila anónima macia dourada suburbana álea
a seda deste instante não se rasga
é um grande bloco intacto que se desloca
para a minha eternidade
a eminência de ti é a boca já feliz a árvore que estala em cada
[poro a seiva
a parede de água que contenho a porta doce e clandestina
a porta que desliza
e é então que
no espaço da vertigem
em ti me uno à sede e das raízes subo
e pelas raizes sou
António Ramos Rosa - NOS SEUS OLHOS DE SILÊNCIO - 1970 / Antologia Poética

sábado, dezembro 08, 2007

Doris Lessing não vai a Estocolmo

Doris Lessing não vai a Estocolmo receber o Prémio Nobel da Literatura, na próxima segunda- feira, mas escreveu uma mensagem em que denuncia a falta de opurtunidades das pessoas que vivem em países pobres e a rapidez "da ironia e do cinismo" na mentalidade ocidental.
Intitulado Não Ganhar o Nobel, o discurso da escritora inglesa (que será lido pelo seu editor Nicholas Pearson) lembra que em países como o Zimbabwe, onde viveu 25 anos há sede de leitura e formação mas não há sequer dinheiro para livros, ao passo que nos colégios de elite inglesa só encontrou "rostos inexpressivos" e nenhum desejo de conhecimento, adiantava ontem o EL País. Em Londres quando surge uma nova escritora, só se pergunta "se é bonita". E se for homem, querem saber se é "carismático ou atraente" critica a autora de obras como Os Díários de Jane Somers, Memórias de uma Sobrevivente ou The Golden Note Book, um clássico feminista. A idade não lhe permite viajar até à capital sueca mas, aos 88 anos, Lessing continua a dizer o que pensa. [...]
UMA SALVA DE PALMAS PARA DORIS LESSING!!!
Doris L. muito crítica no discurso do Nobel - in Diário de Notícias - 8 de Dezembro de 2007

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Com Poejos e Cravinho!...

Palavras Maduras - Contos Partilhados
Ao longo da minha existência recordo tantos episódios lindos que coloriram a minha infância, tão rica de amor, que me é difícil escolher. Sou o produto final de uma belíssima história de amor entre um militar Alentejano e uma linda rapariga natural da Índia. Recordo-me de andarmos sempre com a casa às costas, como o caracol. Vim da Índia com dois anos, no último navio que trouxe as famílias dos militares que ficaram presos na Índia, e fomos directamente para o Alentejo, para uma aldeia interior chamada S. Romão, perto de Vila Viçosa. Imaginem o espanto daquelas gentes, que nunca tinham visto este tom bronzeado de pele...
Depois, sempre que o meu pai ia em comissão militar, lá íamos nós; não me lembro nunca de ficar triste, porque o amor deles era tão grande que nos habituaram a fazer amigos e a nunca perdê-los e a vermos sempre o lado bom da vida ( talvez daí venha o meu jeito tão natural de fazer amizades). Lembro-me da Serra do Uíge e das colunas militares a caminho de Carmona e da única escola que lá existia. Era um colégio de freiras espanholas; lembro-me do meu primeiro castigo, quando eu e o meu irmão Rogério nos lembramos de ir ver se os santos da capela usavam roupa interior. Recordo a cara dos meus pais na sala grande da Madre Superiora, e parece que ainda sinto como se fosse hoje, do meu primeiro puxão de orelhas, e de como então fiquei ofendida!... De outra vez, o valente susto que pregamos ao querido e amigo Domingos,( soldado que tomava conta de nós), quando resolvemos sair do Bairro Militar para irmos atrás do carro do fumo (DDT, carro que desinfectava e matava os bichos) ; e de quando ensinámos o Jacó, (o papagaio), a imitar o meu pai a chamar a minha mãe (ah,ah,ah); recordo-me de quando o meu pai se vestia a rigor para ir apitar os meus jogos de futebol; e de quando íamos todos à caça. E são tantas as minhas recordações felizes que, se sou o que sou, devo-o à mistura destes dois Continentes tão distantes: a Ásia e a Europa.
E, continuo a achar que herdei o melhor desses dois mundos...
Silvana Sapage - Retalhos (histórias de vida)

quinta-feira, novembro 29, 2007

Menino Jesus...


Preciso de TI, hoje! - Agora!... Antes do Natal!
L'HOMME
Não: toda a palavra é a mais. Sossega!
Deixa, da tua voz, só o silêncio anterior!
Como um mar vago a uma praia deserta, chega
Ao meu coração a dor
Que dor? Não sei. Quem sabe saber o que sente?
Nem um gesto. Sobreviva apenas ao que tem de morrer
O luar e a hora e o vago perfume indolente
E as palavras por dizer.

Fernando Pessoa - L'HOMME -Novas Poesias Inéditas

- Homenagem a Joaquim Teotónio -
- Aquele que, passou em nossas vidas como o Astro Rei, deixando um Rasto de Luz e de Calor que jamais se apagará da nossa memória...

sábado, novembro 24, 2007

PROSAS C/ ASAS

Centro Cultural Emmérico Nunes


Vale mais, tarde que, NUNCA!
Apesar do espaço reduzido, foi com muita alegria e emoção que a TUNASAS , da qual eu faço parte, aceitou o convite para a sua contribuição na abertura do Ano Lectivo do PROSAS, no Centro Cultural Emmérico Nunes, em Sines. A recepcção foi muito calorosa. Obrigada, PROSAS !

AUTOBIOGRAFIA
Emmérico Hartwich Nunes - 1888 - Para as minhas filhas -
Nasci em Lisboa, na rua de S. Bento, em 6 de Janeiro de 1888. Meu pai, Silvestre Jacinto Nunes (irmão mais novo do republicano Dr. José Francisco Nunes), é natural de Pedrógão Grande, no Zêzere, tem 89 anos de idade. Espírito alegre e saudável. Com uma grande sensibilidade artística, iniciou-se em estudos de arquitectura. Acabou, porém, por se entregar à vida comercial. Minha mãe, Maria Ferdinanda von Moers Hartwich Nunes, matural de Regensburg, na Baviera, casou com o meu pai em 27 de Novembro de 1886, em Lisboa, na Igreja dos Paulistas. Eu fui baptizado na de Santos-o-Velho. Minha mãe, tal como o meu pai, possuía uma grande intuição artística. De espírito romântico, era uma poetisa de delicada sensibilidade. Ao piano, que tocava com muita expressão, cantava cheia de nostalgia as «lieder» de Schubert. Também na pintura era talentosa. Acabava eu de deixar os cueiros, quando comecei a mostrar uma grande predilecção pela bonecada. O meu maior prazer era ter papel e lápis e passava horas esquecidas a rabiscar bonecos. Com três anos (lembro-me!!), estando com meus pais nas Caldas de Felgueiras, o velho conde de Caria vinha sentar-se junto de mim a ver-me desenhar e para ali ficava tanto tempo a olhar, quando eu estava entretido nas minhas «composições» de cenas campestres, marinhas e toiradas! Aos três anos já era aficionado e tinha grande predilecção por cenas de arena... Hoje, detesto-as. [...]
Pequeno exerto da Autobiografia facultada pela família do Pintor Emmérico Nunes.
Fotografias - Isabel Figueiredo

quarta-feira, novembro 21, 2007

Palavras Maduras / Contos Partilhados

Dália Nome de Mulher
Uma noite a fome apertou. Dália foi a escolhida para assaltar a despensa da D. Cremilde. Conseguiu uma laranja e dois peros verdes, assim como uma canelada, quando apressadamente passou e bateu num banco da cozinha.
A risota e a fome atenuavam a dor na perna. A Francisca rebolava-se em cima da cama, agarrada à barriga. A Olga, mais medrosa, escondeu-se atrás da porta .
- D. Cremilde, a sua laranjinha é tão docinha... - dizia Dália agarrada à perna.
- E os perinhos são tão azedos como você D. Cremilde. - Acrescentava a Francisca. Debaixo do mesmo tecto, vivendo no mesmo quarto, esta era a família da Dália. Queria esquecer o passado. Tinha projectos e também queria ser feliz.- Quem renuncia aos seus sonhos e não aplica todas as suas forças, mais difícil torna a sua realização. - dizia ela muitas vezes. Foi no dia do seu aniversário que conheceu o Pedro.
O seu sonho não podia esperar. Era urgente!
Como tinha conseguido viver tanto tempo em tão pouco espaço físico?
Continuar a submeter-se aquelas "manobras"...? Não. Jamais.
Dália decidira que, a partir daquele dia, a sua vida tinha de mudar. Com dezoito anos... era a altura certa.
Terça-feira. Princípio de um dia de Primavera. Dália sentia-se feliz por deixar aquelas quatro paredes. Ao olhar para trás, até o tecto lhe parecia mais baixo e a porta mais estreita. - Pronto. Já não lhe faltava nada, os seus poucos pertences cabiam na sua mochila.
- Eram oito horas e estava com fome
- Dália suspirou e saiu de casa, determinada, em direcção à estação.
À medida que se aproximava os seus passos pareciam pesar.
Na plataforma da estação, Dália dobrou-se sobre si mesma e chorou. O comboio afastou-se.
- Porém algo se alterou. No seu ombro sentiu uma mão... amiga.
Não virou logo a cabeça. Por momentos, ficou suspensa... mas, corajosamente recompôs-se e lançou um olhar para uns olhos que a fitavam com um sorriso loucamente amistoso.
- Como te chamas...?
- Meu nome é Dália.
- Eu, sou o Pedro...
[...]
( Colaboraram neste conto, por ordem de intervenção: Maria do Céu; Teresinha Amoroso; António Gil; Carolina Palminha; Cristina Galhardo (em França); João Henriques; Antonieta Gomes; Arlete Alves e outra vez Carolina Palminha - que finalizou)

sábado, novembro 17, 2007

Gato "ASAS"

Os gatos
*
Miam a pedir comida, acordados
pela luz ou pelo rumor das vozes.
Roçam-se nas rosas ou nas hastes
de uma planta vinda
do chão áspero e inclemente dos vulcões.
Formam uma mansa comunidade
em que predomina o método:
no afago, no beijo, na limpeza.
São estátuas mormas sobre a tinta
de água das paredes lisas, limpas.
Não conhecem o rubor ou a vergonha
e, quando amuam, é sempre
por quererem mais amor
do que as mãos e os olhos sabem dar.

José Jorge Letria (n. 1951)- Antologia- Poemas com animais
Fotografia - Teresinha - Aula de Fotografia - ASAS

terça-feira, novembro 13, 2007

A Song For Colours

this is a song
about colours, colours...
you see them all around
you see red
on a stop sign,
green on a tree,
blue in the sky and sea
people are brown, yellow,
black and white
and red is everybody's heart
you see pink in roses,
white in snow
they're all colours
wherever we go...

Composição da aula de inglês / Poesia escrita por: Fátima Miranda - Fotografia Teresinha
Dedico à Prof. Rosa Maria e a todos os colegas de Inglês da ASAS

sexta-feira, novembro 09, 2007

OCEANO


Embora as grandes Águas durmam,
Que ainda assim são o Abismo
Não se pode pôr em dúvida -
Nenhum Deus vacilante
Acendeu esta Habitação
Para a deitar fora -
[c. 1884]


Though the great Waters sleep,
That they are still the Deep,
We cannot doubt -
No vacillating God
Ignited this Abode
To put it out -

Emily Dickinson - Poemas e Cartas - Fotografia Teresinha (Croácia)

quarta-feira, novembro 07, 2007

Guardião Adormecido

casa
moro aqui...
na sombra da tua pele,
nos poros ácidos do estremecer
dos corpos.
flutuo na debandada dos
pássaros, na viagem triste
das asas até ti.

sou só o vento que passa
de encontro às tuas
pálpebras.

nuno albuquerque vaz / canibal do sal - fotografia, teresinha
prémio literário Ordem dos Advogados - menção poesia - 2007

domingo, novembro 04, 2007

Palavras Maduras / Contos Partilhados

A CONCHA

Era Inverno e entardecia.
A maré vazara e nenhuns pés tinham ainda deixado a sua marca.
O areal era extenso e o homem caminhava.
Por companhia, apenas a sua sombra projectada por um sol a aproximar-se do poente.
Um céu rubro e cobre.
Uma longa faixa dourada traçava no mar uma estrada tremeluzente.
O homem teve um leve sorriso e murnurou, "uma estrada..."
Suspirou, apertando com força mas ao mesmo tempo delicadeza, uma pequena concha que levava na mão esquerda.
"Uma estrada..." repetiu o homem ...
Carolina Palminha - A Concha - Fotografia Carlos A.

sábado, novembro 03, 2007

Palavras Maduras / Contos Partilhados

[...]
- Ti Henrique, limitou-se a ficar ali. Aturdido. Depois virou-se e partiu.
À medida que se afastava, parecia-lhe que os seus sentidos tinham sido aguçados e avivados. Como se tudo à sua volta se tivesse alisado numa ilustração clara. Aquela concha brilhante revelou-se um manual de instruções que lhe dizia o que fazer. A sua mente suplicando desesperadamente por amarras, agarrava-se aos pormenores. Rotulava cada coisa que encontrava. Concha, pensou ao sair dali. Concha. Areia. Pedras. Estrada.Céu. Chuva.
A chuva sobre a sua pele era quente. As pedras sob os seus pés magoavam. Ele sabia onde ia. Reparava em tudo. Cada nuvem no céu sem estrelas, cada passo que dava. De repente as linhas nítidas foram-se esbatendo. As instruções já não faziam sentido. A estrada foi ao seu encontro e as trevas adensaram-se. Atravessá-las tornou-se um esforço como nadar debaixo de água.
"Está a acontecer", informou-o uma voz. "Começou"...
A sua mente flutuava fora do corpo e pairava no ar sobre ele, enviando-lhe daí avisos inúteis e atabalhoados. Olhava para baixo e via o corpo de um homem jovem caminhando através das trevas e da chuva. Mais do que tudo, aquele corpo queria dormir. Dormir e acordar noutro mundo.
Com, "o cheiro da pele dela no ar que respirava. A visão daquele colar feito de conchas delicadas no seu pescoço". Onde estaria ela? Ti Henrique caminhava sempre.
Nem erguia a cabeça para a chuva nem a curvava para lhe fugir...(Teresinha A.)
- "Mareava a recordação" lembrando a chuva de outra praia que aprendera a amar pela fartura de pescado , pelo brilho da areia, pelos diferentes azuis que reflectia, pelo cheiro forte das casuarinas e por ela. Como a vida de risos no meio de grupos de amigos! Aquele peito solto de catraia atrevida , dengoso, provocador...Um dia vieram à conversa , ao caminhar de mão dada e o abraço chegou ao beijo que o mar sereno testemunhou e abençoou. O mar, sempre o mar, o seu bom e fiel companheiro. (Arlete Alves) , Fotografia - Carlos A.

terça-feira, outubro 30, 2007

TUNASAS (de polos vestida)??!...



A NOSSA TUNA

A nossa tuna
É, é, é, é
Malta de Sines
E Santo André
A nossa tuna
É, é, é, é
Malta de Sines
E Santo André

Somos a juventude de 60
Sempre a aprender e a ensinar
Quando chegarmos aos 90
Então vamos descansar
*
A nossa tuna é, é, é, é...
*
Queiram ou não somos assim
Queremos espalhar esta alegria
Junta-te a nós e canta enfim
Não há idade p`ra folia
*
A nossa tuna é é é é ...
Letra - Francisco P. - Fotografia - Mário Almeida

segunda-feira, outubro 29, 2007

Parabéns Ana


Jardim Verde

Jardim verde e em flor, jardim de buxo
Onde o poente interminável arde
Enquanto bailam lentas as horas da tarde.
Os narcisos ondulam e o repuxo,
Voz onde o silêncio se embala,
Canta, murmura e fala
Dos paraísos desejados,
Cuja lembrança enche de bailado
A clara solidão das tuas ruas

Sophia de Melo Breyner- Antologia Poética, Fotografia - Teresinha ( Para Ana Esperança)

domingo, outubro 28, 2007

HOJE


Hoje me deixa
só a mim
ser feliz,
com todos ou sem todos,
ser feliz
com a relva
e a areia
ser feliz
com o ar e a terra
ser feliz
contigo com a tua boca,
ser feliz.

PABLO NERUDA - (Odes Elememtares, 1904-1973) - Fotografia - Fátima Miranda

sexta-feira, outubro 26, 2007

Vento na Ilha (1)


Vento é um cavalo:
ouve como ele corre
pelo mar, pelo céu.

Quer me levar: escuta
como ele corre o mundo
para levar-me longe.

Esconde-me em teus braços
por esta noite erma
enquanto a chuva rompe
contra o mar e a terra
sua boca inumerável.
[...]
PABLO NERUDA

quinta-feira, outubro 25, 2007

Vento na Ilha (2)

[...]
Escuta como o vento
me chama galopando
para levar-me longe

Como tua fronte na minha,
tua boca em minha boca
atados nossos corpos
de amor que nos queima
deixa que o vento passe
sem que possa levar-me

Deixa que o vento corra
coroado de espuma,
que me chame e me busque
enquanto eu, protegido
sob teus grandes olhos.
por esta noite
descansarei, meu amor.

PABLO NERUDA

quarta-feira, outubro 24, 2007

Palavras Maduras/ Contos Partilhados

Mafalda olhava a janela do seu quarto embaciada pela chuva e humidade daquela tarde de Outono, enquanto o seu apartamento acabado de estrear mergulhava na penumbra. Pensava em Américo, o namorado de longa data... Tinham passado oito anos, desde que ele tinha declarado o seu amor eterno e que Mafalda o acolheu, com agrado, no seu coração.
Muitos eram os sonhos para o futuro... e lembra aquela manhã, em que saiu de casa dos pais para se instalar no seu novo lar. Abriu a caixa do correio, lá estava aquela carta de cor azulada. O seu coração saltou do peito, já adivinhando o seu conteúdo, pois há muito que o olhar do Américo não era tão doce como de costume. Poucas palavras para um desfecho tão triste.
Amo outra mulher... Desculpa, não posso casar contigo.
Américo, como não percebi, meu Deus?!!! Porque me enganou tão cruelmente?
Os vinte e seis anos eram agora vazios de Amor e Esperança.
Resta-lhe apenas o seu bonito apartamento, numa rua movimentada da capital Ribatejana, cidade onde nascera e que lhe é tão querida. Foi com o apoio dos pais que conseguiu a sua independência tão desejada e viver aquele sonho... com a cumplicidade do seu Amor. Américo! Américo! Como vou viver sem ti? Mergulhada na tristeza desenhava pequenos corações entrelaçados nos vidros húmidos da janela do seu quarto que, a pouco e pouco, se desfaziam, rolando como lágrimas desfeitas.
[...]
(Início do Conto - Mafalda - Por, Cidália Ribeiro. Continua na Postagem abaixo identificada)
Fotografia - Teresinha Amoroso

segunda-feira, outubro 22, 2007

Felicidade


"A Felicidade, espera-nos algures, na condição de irmos buscá-LA".

VOLTAIRE - (Séc. XVIII) - Fotografia ( gentilmente cedida por ) Fátima Miranda

sexta-feira, outubro 19, 2007

Palavras Maduras / Contos Partilhados

[...]
Distantes estavam os dias em que os mesmos corações entrelaçados eram desenhados com mão firme e segura. No diário de Mafalda, ou nos seus cadernos de Inglês, pois era antes e depois das aulas - no Centro de Línguas - que se encontravam na Abidis, que ficava mesmo do outro lado da rua, um local confortável e muito acolhedor. Como pano de fundo uma música suave que convidava a apaixonados murmúrios e promessas de amor...
Mais distante ainda a lembrança de Américo, quando se conheceram... Um futuro e promissor Regente Agrícola. Mesmo de olhos fechados, Mafalda conhecia de cor os seus passos, eram inconfundíveis, bastava-lhe ouvir «aquele som» provocado pelas botas caneleiras mandadas fazer por medida, que rangiam propositadamente. Fazia parte do «look», juntamente com a calça justa, a camisa de xadrêz miudinho e a samarra.
No dia seguinte, ao acordar, Mafalda verificou que ainda se encontrava vestida em cima da cama. Não se lembrava sequer a que horas teria adormecido. Era sábado, tomou um duche, vestiu-se e decidiu sair, sem rumo. Precisava apenas de respirar e sentir na face aquela chuva miudinha. Envergou um agasalho, deu um nó no cachecol e saiu.
A rua àquela hora, fervilhava de gente perto do Mercado Municipal. Mafalda parou para atravessar, e enquanto esperava o sinal verde, os seus olhos fixavam os azulejos em frente, com cavalos e campinos, que pareciam desfilar na sua frente, juntando-se ao movimento dos transeuntes, num vai-vem infindável.
-Verde! Atravessou. Instintivamente dirigiu-se à Bijou, pediu um café que tomou quase de um trago , pagou e saiu. A chuva continuava silenciosa, mas não queria voltar já para casa, continuou o seu percurso labiríntico através da cidade até que... as Portas do Sol surgiram na sua frente. Quantas vezes viera até ali passear com Américo ! «Aquele jardim»... tinha agora o mesmo aspecto brilhante de orvalho, como os seus olhos.
-Entretanto a chuva parara. O sol espreitou entre as nuvens. Dali avistava o rio Tejo; a ponte que o atravessava; os barcos de pesca artesanal, e para lá do rio, toda a lezíria até onde os seus olhos podiam alcançar. Permaneceu imóvel, alternando o olhar entre a corrente do rio e a linha do horizonte.
Desculpa, não posso casar contigo»
- Como fui ingénua!...
Mafalda retomou o caminho de casa e voltou a embrenhar-se na sua Cidade Gótica. O trabalho seria o seu lenitivo. Adorava a sua profissão. Há cinco anos que trabalhava como guia turístico. Era gratificante, o contacto com as pessoas, e com os locais que revisitava, sempre acompanhada por turistas que ávidamente descobriam vastos patrimónios difíceis de resumir. No dia seguinte o seu destino seria o Norte. Um Cruzeiro no Douro.
Afinal... os rios correm para o Mar!!!...
[...]
Palavras Maduras / Contos Partilhados - Exerto de um conto (MAFALDA) por Teresinha Amoroso
(Iniciado por, Cidália Ribeiro / Continuado por Teresinha Amoroso / Terminado por, Catarina Figueiredo )

quarta-feira, outubro 17, 2007

DIA DE HOJE

Feliz aniversário para ti Zé
Cada papelinho desses, contém um pedido.
Junto o meu, ao teu, e a todos que se encontram nesse (Muro de Fé) , para te desejar, tudo de
BOM!
"Ó dia de hoje, ó dia de horas claras
Florindo nas ondas, cantando nas florestas,
No teu ar brilham transparentes festas"
[...]
Sophia de Mello Breyner Andresen - Obra poética

terça-feira, outubro 16, 2007

" Novinho em Folha "


Visite, se quiser, outro Blogue da Teresinha, que nasceu HOJE !
(demorou a "cozinhar", e precisa ainda de algum "tempero")...

Bailado de ASAS

"E são asas de gaivota. Que levam os meus sonhos. Pelo mundo"
Gaivota pousada
Na praia deserta
*
Cortaram-te as asas
Mas finges voar
*
Deixaram-te os sonhos
Inventas o mar.
*
Prosas e Versos - Carolina Palminha (Fotografia - Fátima Miranda)

segunda-feira, outubro 15, 2007

Explicação

O pensamento é triste;
O amor insuficiente;
e eu quero sempre mais
do que vem nos milagres.
Deixo que a terra me sustente:
guardo o resto para mais tarde.

Cecília Meireles - Antologia Poética * Fotografia - Fátima Miranda (Montezinho)

sexta-feira, outubro 12, 2007

" A Erva Canta "

"The Grass is Singing"
(Romance )
O primeiro livro de Doris Lessing
"O nascente movimento feminista o viu como um trabalho pioneiro, ele pertence a um punhado de livros que formam a visão do Século 20 sobre a relação homem, mulher", disse a Academia.

quinta-feira, outubro 11, 2007

CARAMBA ! ( disse ela )

Doris Lessing - Prémio Nobel da Literatura 2007

Acabo de presenciar o momento em que Doris Lessing recebe a notícia.
- Ao chegar a casa, vinda das compras, é abordada por jornalistas.
-Porque estão a tirar fotografias?...
-Sabe que acaba de ganhar, o PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 2007? (ao que respondeu, apenas). Caramba!!!
- Presumi, que estavam a fazer uma Telenovela !?...
O primeiro livro que escreveu,o romance: "A Erva Canta" (The Grass is Singing), foi publicado em Março de 1950. Em Agosto do mesmo ano era publicada a 7ª Edição.
Completa 88 anos a 22 de Outubro. Ao longo da sua vida escreveu mais de cinco dezenas de livros publicados durante décadas.
É a 11ª mulher a conquistar o Prémio Nobel da Literatura. Neste momento encontra-se a escrever um livro, acha que não vai ter muito tempo de sobra para o fazer, uma vez que a partir de agora vai dispender muito do seu tempo, dando entrevistas.
(Teresinha A.)

quarta-feira, outubro 10, 2007

NAMASTÊ (saudação)

LUZ
AS VANTAGENS DO IOGA

Saúde e equilíbrio interior
Maior flexibilidade, vitalidade e força
Maior volume respiratório e desenvolvimento de uma "respiração prolongada"
Maior "resistência ás doenças"
Diminuição do stress e das dores
Retardamento ou desaparecimento dos achaques próprios da idade
Qualidade de vida e agilidade mental até à velhice
Maior paz interior
Purificação espiritual e capacidade de discernimento diante de comportamentos prejudiciais
Maior segurança e confiança em si próprio
Maior confiança para encarar responsabilidades maiores e iniciativas próprias
Maior felicidade; Mais bem estar; Mais energia.

O Grande Livro do Ioga - Anna Trokes ( encontrei de novo, o "Caminho" )

domingo, outubro 07, 2007

ÁFRICA ACIMA

[...]
Parti de Santa Clara, a fronteira de Angola com a Namíbia, ás cinco da tarde de ontem. Foram necessárias dezoito horas para conduzir 450 Km - tento fazer contas, indeciso se incluir ou não na média horária as três horas de descanso, entre as duas e as cinco da manhã debaixo de um embondeiro.
[...]
Apetece-me devorar o centro desta cidade. Caminhar por todas as calçadas portuguesas, tomar um café em todos os cafés que apresentam o triângulo Delta pendurado por cima da porta, comprar carcaças e papo-secos em todas as mercearias e minimercados que se chamem "Tio Patinhas", "Silva & Silva", "Elite","Benfica", pedir o prato do dia em qualquer tasca que proponha "prego no prato" e "bacalhau com todos". - Estas banalidades que me estão a emocionar têm de ser postas em perspectiva: ando a viajar há várias semanas por África, e de repente chego a casa sem sair de África.
[...]
África Acima - Gonçalo Cadilhe (crónicas semanais, escrito ao longo de vários meses)

sábado, outubro 06, 2007

Crepúsculo


Na indecifrável claridade do crepúsculo a desordem lírica invade o estado do céu- pai e mãe de uma pérola atada com uma fita de ilusão e água. Ébria.

Ana Hatherly - Tisana 456 (Fotografia - Teresinha, da minha janela)

quarta-feira, outubro 03, 2007

Diálogo

Levarás
pela mão
o menino
até ao rio. Dir-lhe-ás
que a água é cega
e surda; muda,
não.
Que o digam
os peixes, que em silêncio
com ela sustentam
seu diálogo líquido,
de líquidas sílabas
de submersas
vogais.
Albano Martins (n.1930) - Fotografia Teresinha

terça-feira, outubro 02, 2007

"O Poupas"

Ave da ordem dos tenuirrostros, do tamanho de um melro, que tem um tufo de penas na cabeça

O Poupas chegou a minha casa, via email directamente do jardim da Helena
Anda à procura de almoço.
Talvez uma suculenta minhoca, ou uma lagarta, bem verde cheiinha de clorofila.
A sua rara beleza... enfeitiçou-me!
Quando pede namoro, exibe o tufo de penas que adorna a sua cabeça.

Fotografia - Helena Almeida

sábado, setembro 29, 2007

Uma das Caminhadas

Pequena pausa...
Grupo na ponte
Ás 8,30, em frente da ASAS.
Tolerância: cinco minutos - diz a senhora directora - mulheres na maioria. Fato de treino, calçado confortável e chapéu (ou boné) na cabeça, garrafinha de água e pernas para andar.
Direcção: Ribeira da Badoca
Ao longo da ribeira, descobrimos a erva cavalinha, em grande abundância, lírios do campo, e toda a espécie de ervinhas, por catalogar, o tempo é para caminhar. Primeira paragem na ponte da ribeira ponto obrigatório para a fotografia. Após a ponte vimos uma horta onde parecia que o tempo a favor, tinha deixado um rasto de verde. Cada variedade de legumes e verduras no seu auge, pareciam dizer-nos - olhem como é fácil, nós fizemos a nossa parte, agora, vocês disfrutem.
Em cada quinta, cães de guarda. Numa delas tinha (apenas oito), pretos e grandes, muito zangados porque por aquelas bandas é raro (diriam eles), ver um grupo com tanta gente, a caminhar. Aqui e além surgem casinhas. Um rapaz no meio do nada, olha com alguma apreensão um carro com os pneus em baixo. -Que faço agora? (pensaria ele). Nós, continuámos. Mais à frente uma senhora veio ao jardim, e logo foi convidada a participar. - Ah não, já não tenho idade para isso, respondeu ela. Fomos andando... Parece-me um beco sem saída. -Olhem, grita de lá a senhora, por aí não tem saída. Se alguém ouviu, nada disse, um pouco à frente... não tinha saída mesmo!Voltámos para trás ( uns 200 metros). -Eu estava a chamar, a dizer que não tinha saída - pois foi - e ninguém tinha ligado. Sorriu quando lhe deram um beijinho, provávelmente um gesto bem positivo, para quem vive isolado...
Mais à frente depois de uma curva todos pararam. Ao lado de uma casinha protegida por árvores frondosas e sombras, num pequeno declive surge um jardim de figuras de barro, dispostas aqui e ali com uma graça que estava para aquele local, como um oásis para um deserto. - Ah, e aquela outra casa, com a piscina que tinha ao lado uma figueira tão frondosa que não era mesmo preciso daquele lado utilizar guarda sol. Campos semeados de um lado e outro do caminho, com uma simetria que mais parecia ter sido feita com régua e esquadro, enquanto o sistema de rega, (gota a gota) fazia o seu papel e apenas as plantas recebiam a água necessária ao seu desenvolvimento. Subimos e descemos, terrenos arenosos, caminhos de terra batida e por fim, a beira da estrada que nos conduziu de volta a casa, com a satisfação de uns 6 Km. percorridos quase sem darmos por isso. Teresinha Amoroso - Fotografias, Laura

quinta-feira, setembro 27, 2007

Turismo "Cá Dentro"...

Janela do Capítulo do Convento de Cristo, Tomar
Um grupo de amigos em visita turística, ao Convento de Cristo
O Convento de Cristo, classificado como Património Mundial pela UNESCO, engloba sucessivas intervenções. O edifício mais antigo do Convento, é a Charola, octogonal.O espaço circundante é coberto por uma belíssima abóbada. Na Sala do Capítulo, destaca-se a famosa janela, obra-prima do Estilo Manuelino.
- E, muito mais... a proximidade do rio Nabão confere a Tomar a sua fisionomia, característica, com a ilha do Mochão e o açude em pleno centro da cidade.
(Foto Janela- Teresinha ) ( Foto Convento - Manuel Domingos)

Dia do Turismo " Lá Fora "


Há cidades que mais parecem países.
Entre o Ocidente e o Oriente fica Istambul, para ligar os dois continentes - Europa e a Ásia - basta uma travessia de barco ou percorrer a ponte.
Istambul, é um ponto de encontro que nunca desilude os viajantes.
A Mesquita Azul, deve o seu nome aos azulejos azuis de Iznik, que decoram o seu interior, começaram a ser produzidos em grande quantidade em (1520-66).
-Neste dia, pretendi, "lembrar", o Inesquecível !!!

Fotografia , Carlos Amoroso - Painel de azulejos Iznik , Museu Caloust Gulbenkian

terça-feira, setembro 25, 2007

Parabéns Carolina !

«Que o dia mais feliz do teu passado
Seja o mais triste do teu futuro»

(May the happiest day of your paste
Be the saddest day of your future).

"Beijinho de Parabéns" -Amigas da ASAS - Fotografia cedida pelo Gil

domingo, setembro 23, 2007

Brando Outono


Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.

Eugénio de Andrade - Fotografia Teresinha Amoroso

sexta-feira, setembro 21, 2007

Ceropegia / ASCLEPIADACEAE

Corações-desfeitos
As ceropegias são plantas suculentas de caules rastejantes que formam tubérculos. Precisam de sol directo velado. Não gostam de muita água. Das suas axilas surgem pequenas flores, no verão. A temperatura ambiente normal é a apropriada para as ceropegias durante todo o ano.
Plantas de interior - Sel. Reader`s Digest - Fotografia, Teresinha A.

quarta-feira, setembro 19, 2007

"Onde a terra descansa junto ao rio..."

e o verde rivaliza...
com o azul, deixando adivinhar, o branco... DOCE
Encontro de Revianos
Para,celebrar a vida e reaver colegas e amigos.
O dia esteve luminoso! As conversas foram,ao sabor da "corrente"...entrecortadas por gargalhadas de, "azul".
Um azul profundo, que corre a seus pés, transformado em rio, de nome, Zêzere.
Um belíssimo grupo animado e jovial, que celebrou e brindou à VIDA.
- A cada um que por motivo de força maior não conseguiu marcar presença, foi, "MUITA GENTE"... que nos fez falta!
- A cada um que concretizou essa presença, foi concerteza,
"MUITA GENTE", que brindou por todos, os presentes e os ausentes.
Fotografia - teresinha e carlos amoroso

sexta-feira, setembro 14, 2007

O Génio e o Excêntrico


Dalí contava que ao comer um queijo Camembert lhe viera à mente o motivo dos relógios moles. «Estejam cientes de que os relógios moles de Salvador Dalí, não são outra coisa do que o macio extravagante e solitário paranóico-crítico Camembert do espaço e do tempo».
Este motivo irá aparecer também em muitos dos seus quadros posteriores.
" A única diferença entre mim e um louco, é que eu, não sou louco".
Salvador Dalí
Conroy Madox - Salvador Dalí 1904-1989 - O Génio e o Excêntrico
Fotografia - Fátima Miranda / Viagem a Londres, ASAS

terça-feira, setembro 11, 2007

Voltei com "Travo Agridoce"

CONSERVA DE BETERRABA
Arranque as folhas com a mão, ponha a cozer em água temperada c/ sal. Depois de cozida, (leva mais ou menos, vinte minutos) deixa-se arrefecer completamente na água onde cozeram.Pica-se uma cebola, com 2 dcl. vinho tinto; 2 dcl. vinagre; 1 colher (chá) de sal; 1 colher (chá) de açúcar. Guardar em frascos na prateleira de baixo do frigorífico.

Nota: Podem colocar-se nos frascos, inteiras, ou em rodelas grossas. Utilizar passados alguns dias.
( Para quem for apreciador. Acompanha prácticamente todo o tipo de peixe ou carne.)
Fotografia e Conserva / Teresinha

segunda-feira, setembro 03, 2007

Apeteceu-me... e pronto!

DOCE, DELÍCIA...
Ingredientes:
Três colheres (sopa) , farinha "Custard" (encontra em qualquer supermercado)
Um litro de leite
Três colheres (sopa) de açúcar, bem cheias
- Numa tigela juntar a farinha "Custard", com um pouco de açúcar e parte do leite. Desfazer bem e levar ao lume com o resto do leite e do açúcar. Deixar ferver. Passar bolacha "Maria" por café, não muito quente, e pôr numa taça em camadas alternadas de creme e bolachas.
Depois de frio cobre-se o preparado com natas batidas com açúcar a gosto.
Por cima, chocolate raspado.
Come-se, bem GELADINHO!!!... Antes que o Verão acabe! Bom apetite!
Convém ser feita no dia anterior.
( a diferença do chamado, "Doce da Casa", está na farinha. Tem de ser, Custard )
Fotografia - Teresinha