quarta-feira, março 04, 2009

Canto da Solidariedade


Distribua-se o peixe no mar, distribua-se o sável,
distribua-se o peixe-serra pequeno
distribua-se o sável pequeno
ditribua-se o tubarão
distribua-se o pargo
O caminho do peixe, parece que Deus o fez de ouro
o flautista chama pela rapariga
diz-lhe que se agarre bem à sua camisa
distribua-se o mero
distribuam-se as conchas presas às rochas
ditribua-se a lagosta
distribuam-se os caranguejos
distribua-se o marisco que vive como se risse
Com a boca aberta aferrada à rocha
distrubua-se a carne dos moluscos
distribuam-se os moluscos maiores do rio
distribuam-se os camarões
distribua-se o mero do rio
distribua-se a iguana que se esconde
Na copa da árvore de pau santo
de ouro, o caminho do peixe,
parece que o fez de ouro,
parece que Deus fez de ouro
o caminho do peixe

Poemas Ameríndios / (Cunas) - fotografia / teresinha (Oceanário Lisboa)

12 comentários:

Letucha Almeida disse...

Dá-me sempre o céu azul,
homem antigo de rosto iluminado.
Dá-me sempre a nuvem branca,
ó velha alma de cabeça acesa.
Dá-me sempre o teu abrigo de ouro,
grande faca de ouro
pela qual
nos encontramos na terra.

(índios da pampa argentina)
Poemas Ameríndios

Adorei a postagem!
Beijinhos
Lena

Anónimo disse...

Esta postagem está linda e tu dizias que não tinhas fotos boas de lá de dentro do Ocenário, fiquei encanta e o poema lindo.Só a minha amiga para fazer coisas tão lindas temos que ter aulas.
Um beijinho....

Anónimo disse...

O expoente máximo da arte está na natureza. Mesmo em meio artificial, passados
alguns anos, acaba por impor as suas regras e leis, resultando harmonia e beleza.
E quem dos humanos, melhor o entende, do que aqueles que vivem em comunhão com
ela, respeitando-a e louvando-a como ninguém?
beijinhos
Juja

lami disse...

Belas fotos e um poema Ameríndio perfeito para elas!

Coisas da Vida disse...

Amei as imagens e amei o poema. Estes poemas revelam uma sabedoria incontornável. Felizes destes povos que viviam tão equilibrada e sentidamente!
Também gostei das palavras suaves e reconfortantes que sempre me deixa! Jinhos

Jelicopedres disse...

Olá Lena.
Eu sabia que ias gostar e fico muito feliz por ti e por mim.
Conheço este me deixaste aqui no teu comentário.
Eu sou uma apaixonada dos
Poemas Ameríndios.
- Estamos a ler e, ao mesmo tempo, parece que os observamos ao longe, tal é a forma como foram vividos e, posteriormente escritos.
Bj. para ti também
:)

Jelicopedres disse...

Eu tinha e tenho, fotografias do Oceanário, Zé!
Só que eu tirei cento e tal e tive alguma dificuldade que elas ficassem como eu gostaria.
Claro que aproveitam-se, "meia dúzia", delas...
Kiss

Jelicopedres disse...

Na verdade Juja, esse expoente de que fala, encontro-o um pouco ali, no Oceanário.
Acho mesmo que, sendo o meio, artificial, ele é de qualquer forma necessário.
Para que nós tenhamos acesso e sentir-mos mais perto de nós a grandiosidade dessa "Arte" que é a Natureza.
Foi lindo, ver grupos de crianças sentadas em frente daquelas enormes "vitrines", ouvindo de uma forma bastante simples mas muito pedagógica, falar acerca do Mundo Marinho.
Volte sempre Juja.
bj.

Carolina disse...

Mas onde descobres TU estes poemas tão a propósito!?
"Raio de Mulher", tão bonita, sensível e inteligente!!!
Quando for grande quero ser assim, prontos!!!
;(((((

Jelicopedres disse...

Às vezes, não encontro palavras para coisas tão evidentes que tenho na minha frente.
Daí que, "parta" à procura.
Muitas vezes, encontro-as!
(sabes Carol, a Natureza de vez em quando, deixa-me "muda")...
Mas nunca, surda!
Oiça-A, nos mínimos detalhes.........

Jelicopedres disse...

Obrigada Lami, também gosto muito delas.
São uma das minhas paixões!
:)))))

Anónimo disse...

Que bom que a Fátima gostou!
As palavras que lhe deixo, são do coração.
Acredite!
Um beijinho para si.
(^_^)