quarta-feira, fevereiro 18, 2009

As Cores d' "Aurora"

" Pinceladas" de Sol no horizonte...
Virá a última cor
numa manhã de cinza.
Não serão precisas palavras,
nem lápis
nem papel.
Talvez nem sequer as emoções
que tornariam possível crer
que um deus vagabundo
Prenunciador de tempestades
colheria nas suas mãos
as duas primeiras flores ...
[...]
Tão premeável à luz
e tão por ela trespassada que os rios
se suspendem sobre a parede
aguardando que a mão
volátil do pintor
lhe aponte os últimos caminhos
da foz
ou da nascente.
*
Hugo Santos / A Cor - Fotografia/teresinha

18 comentários:

Anónimo disse...

“Não são precisas palavras …” diz o poeta. De facto, não são porque estava lá a Teresinha que com o seu talento, captou e registou toda a magia do nascer dum novo dia, em duas fotos LINDAS!!!

Jelicopedres disse...

Foi por acaso Juja.
Precisei de sair, para comprar o pãozinho ás 7h. da manhã.
(nunca vou tão cedo)...
Quando cheguei à rua, voltei para trás para vir buscar a máquina.
E, fiquei por ali...
Quando regressei a casa, verifiquei que, não tinha trazido o pão!
(a sorte é que, a padaria é mesmo à saída da minha porta)!!!
Normalmente, "assisto" ao Pôr do Sol, e não ao Nascer do Sol.
Sinto que é, um fenómeno lindíssimo, direi mesmo deslumbrante!!!
- Não foi o talento Juja, foi a oportunidade!
Nós é que por vezes as deixamos "escapar"...
Fico muito feliz que tivesse gostado.
A mim dá-me muito prazer.
Obrigada e um beijinho para si.

lami disse...

Belo nascer do sol!
Realmente não é costume ver o nascer do sol, é raro, mas o ar, as cores, a luz são únicos ...

Anónimo disse...

Lindo Nascer do Sol, e tu sempre pronta para tirar belas fotográfias,é raro a gente ver o nascer do sol calhou, bela ocasião, e o poema é lindo um beijo para AURORA, ela também gosta tanto de fotográfias.

Jelicopedres disse...

Pois é Lami, é muito mais fácil ver o pôr do sol.
Desta vez, ainda bem que tivemos de madrugar!!!
;))

Jelicopedres disse...

Gostou a menina Zé!?
Que bom!...
bj.

Coisas da Vida disse...

Lindas fotos e belo poema!
O nascer do sol é sempre um momento de luz e de vida! Ao contrário, o pôr do sol, igualmente belo, anuncia a escuridão e o adormecimento!
Num e noutro, o esplendor do diferente, porque as cores mudam, porque as nuvens mudam, porque a luz muda...
Assim é a vida: o dia e a noite, nos entrementes do jogo do sol!

Jinhos e obrigada pelas suas constantes visitas e, sobretudo, pelas palavras de luz que me sabe deixar! Bem-haja, Teresinha!

Carolina disse...

às sete da manhã para ir ao pão? Ichhhhhe!
Eu fico parva com isto!
Então e a torradinha matinal com o pãozinho da véspera? Pouco bom!...
Olha aqui a "desgraçadinha" só tem pão fresco às 3ªs e 6ªs porque um pão (de meio quilo" dá para 3 ou 4 dias e ainda sobra para dar aos pardais que vêm à minha varanda ou às gaivotas que também aparecem. Claro que se comprasse um pão de quilo todos os dias, a bicheza dava conta dele!...

Quanto ao poema, lindo!
As fotos...isso está combinado! Faremos uma exposição no final do ano lectivo e convidamos aí o pessoal que visita o eu blog a vir à inauguração. Não é boa ideia??
;)))
E...( pura curiosidade) o pãozinho fresco come-se com manteiga, queijo ou doce?
Aguardo informação detalhada!...
;)

Anónimo disse...

Que maravilha! Abençoado pão que nem compraste! É fácil de compreender porquê! Enterneceu-me, esse esquecimento e o poema também é lindo."Aqueceu.me" a imagem e o esquecimento! É lindo!!!!!!!!!!!!
Lena Tereno

Jelicopedres disse...

Para a Fátima.

"A cabeça rodou-me com o Sol
Na sombra me medi e procurei"

Nuno Higino/ Onde Correm as Águas

Jelicopedres disse...

Às sete da manhã, sim menina!
Fui porque eu ia, e fui sair muito cedo, no dia que fomos ao Oceanário e ao Museu do Oriente.
O Oceanário ja conhecia,mas o Museu do Oriente.........!!!
L I N D O, Carol!!!
Tive um pouco de azar apenas porque,a meio da visita fiquei sem bateria e tinha-me esquecido da suplente em casa.
Eu, que ando sempre com duas, naquele dia, esqueci-me.
- Pãozinho freco com quê?!
Ora, Carol, com "manteiga" (becel dourada), sempre! Mas também, com, queijo fresco; fiambre de perú, (naturíssimos, que tem menos sal e é delicioso); geleia de framboesa, há meninas que não apreciam muito), eu, adoro! E também com docinho de abóbora com nozes ou com amêndoas, hum... esse , com requeijão! Sempre acompanhado com um suminho de laranja, e um café de máquina bem saboroso.
Esclarecida?!
É claro que não é tudo de uma vez!
Vai-se variando um pouco.
- Acerca das fotografias, depois falamos.
A ideia é boa.
beijinho para ti (^_^)

Jelicopedres disse...

Lena, olá!!!
Comprei o pãozinho sim, mas tive de voltar atrás.
"É perto, e, bom caminho"...
Bj.

Anónimo disse...

Ainda cá voltei para lhe deixar as palavras de Manuel da Fonseca sobre a madrugada, num trecho de Cerromaior.
“Uma poalha azulada desprende-se das estrelas que se
apagam, entorna-se pelo céu, vem descendo lentamente, a noite vai andando, para o
outro lado do mundo. Um caminho eterno(...)Soprava do
nascente uma aragem fina. E eram dedos claros afastando véus, lá por detrás dos
cerros envoltos de penumbra. Do lado da vila, galos rasgavam a madrugada de notas
coloridas. As folhas dos eucaliptos, pela beira da estrada, arrepiavam-se na aragem
vagarosa. Tudo estremecia ensonado”(Pag.129 e 130).

Anónimo disse...

Ainda cá voltei para lhe deixar as palavras de Manuel da Fonseca sobre a madrugada, num trecho de Cerromaior.
“Uma poalha azulada desprende-se das estrelas que se apagam, entorna-se pelo céu, vem descendo lentamente, a noite vai andando, para o outro lado do mundo. Um caminho eterno(...)Soprava do
nascente uma aragem fina. E eram dedos claros afastando véus, lá por detrás dos cerros envoltos de penumbra. Do lado da vila, galos rasgavam a madrugada de notas
coloridas. As folhas dos eucaliptos, pela beira da estrada, arrepiavam-se na aragem vagarosa. Tudo estremecia ensonado”(Pag.129 e 130).

Anónimo disse...

Ainda cá voltei para lhe deixar as palavras de Manuel da Fonseca sobre a madrugada, num trecho de Cerromaior.
“Uma poalha azulada desprende-se das estrelas que se apagam, entorna-se pelo céu, vem descendo lentamente, a noite vai andando, para o outro lado do mundo. Um caminho eterno(...)Soprava do
nascente uma aragem fina. E eram dedos claros afastando véus, lá por detrás dos cerros envoltos de penumbra. Do lado da vila, galos rasgavam a madrugada de notas
coloridas. As folhas dos eucaliptos, pela beira da estrada, arrepiavam-se na aragem vagarosa. Tudo estremecia ensonado”(Pag.129 e 130).

Jelicopedres disse...

E voltou muito bem Juja!!!
Voltou tão bem que me deixou o seu comentário VEZES TRÊS!!
Ainda bem, adorei este texto, ainda mais por ser do "nosso" Manuel da Fonseca.
[...] Uma poalha azul estende-se pelo céu.............
[...]
É lindo!
OBRIGADA, um beijinho:)

Gigia disse...

Depois de uma noite escura,quem madruga tem o previlégio de desfrutar do majestoso espetáculo de luz e cores que o nascer do sol apresenta.

Anónimo disse...

Não foi bem pela madrugada Gigia, mas quase.
Abençoada vontade de comer pão fresquinho pela manhã, (como diz a Lena).
Vou ter de repetir a proeza.
Descobri que, o espectáculo que podemos observar é realmente, único e sempre diferente.
(no teu próximo Cruzeiro, podes, se quiseres assistir ao nascer do Sol, e, "registares" esses momentos para me mostrares depois).
(^_^)