domingo, novembro 06, 2011

Sol, quando nasces?

Eu compunha o poema
e chorava
e sofria
e a minha mão falhava.
Se o rasguei
a culpa foi do dia
cheio de Sol!

( Quanto mais o sol branqueia
mais e mais fundo sentimos
a noite que nos rodeia...)

Do meu poema rasgado
fica o desejo sem fim
d`outro poema gritar.

Manuel da Fonseca / in A Mocidade

4 comentários:

Sentidamente disse...

Olá Querida!
Vim actualizar-me e deliciar-me com o que sempre nos deixas de grande qualidade.

Na sequência do poema que postaste diria que Manuel da Fonseca, de facto, muitos outros poemas escreveu. Deixo-te um, pequenino mas igualmente delicioso.

Vou:
disperso nas horas
incerto nos passos.

Rezo:
Vida havias de trazer horas brutais,
horas abertas,
rasgadas por minhas mãos ansiosas
de lúcidos temporais!

Penso:
se as não rasgar por minhas mãos
a vida não as dará jamais.
Manuel da Fonseca

Beijinho Com muita ternura e saudade.

isabel disse...

A hora mais escura é antes do nascer do sol. Depois, tudo se compõe e estamos prontos para um novo dia!

Belo poema que partilhas connosco.

beijinhos --<-@>

Jelicopedres disse...

Querida, Juja, muito obrigada pelo poema de Manuel da Fonseca que deixaste nos comentários.
Não conhecia ainda e olha que, temo-nos debruçado bastante sobre este escritor do nosso Concelho de Santigo do Cacém.

bj*

Jelicopedres disse...

...e muitos outros há que ficarão para uma próxima oportunidade, Isabel.
Tenho andado um pouco descuidada com este trabalho que me dá muito prazer.
Que bom que também gostaste, amiga!

bj:*