domingo, março 28, 2010

Alexandre Herculano

Houve uma época em que a literatura era feita por "semideuses". Um deles chamou-se Alexandre Herculano e nasceu em Lisboa há 200 anos, a 28 de Março de 1810. Nenhum outro intelectual português teve, em vida, o poder de Herculano. Mais do que escrever livros - fez uma literatura; mais do que comentar acontecimentos - inspirou-os; mais do que compreender o mundo em que vivia - fransformou-o. Herculano foi o autor do romance mais reeditado do século XIX ( "Eurico o Presbítero"); dirigiu a revista cultural mais influente ("O Panorama"); compôs a primeira "História de Portugal" reconhecida como 'científica'; colaborou no golpe de Estado que, em 1851, consolidou o regime constitucional; e redigiu a lei mais importante para a vida dos portugueses, o Código Civil.
Na década de 1850, Herculano conseguiu ser o favorito dos reis, que o recebiam no Paço, e do povo que enchia as salas onde ele falava em público. Os seus contemporâneos viam-no então como ele sempre quis ser visto: um profeta laico, cujas opiniões ocupavam as primeiras páginas dos jornais e decidiam as grandes questões públicas. Em 1872. o imperador do Brasil, quando visitou Portugal, fez questão de ir prestar homenagem ao "grande homem" em Vale de Lobos, a casa de Herculano na região de Santarém. Herculano era a maior glória nacional, homenageado por todas as academias da Europa e da América. Camões e Pessoa só poderam sonhar com um triunfo póstumo.
Herculano teve-o em vida.
[...]
Revista, "actual" do Semanário Expresso
Imagem da Internet: Pormenor do Painel de Rafael Bordalo Pinheiro na Assembleia da República.

" A administração do país pelo país é a realização material palpável e efectiva da liberdade na sua plenitude". In: carta aos Eleitores do Círculo Eleitoral de Sintra por Alexandre Herculano (1858)

domingo, março 21, 2010

Dia da Poesia e da Árvore

Árvores
Árvore, cujo pomo, belo e brando
natureza de leite e sangue pinta,
onde a pureza, de vergonha tinta,
está virgíneas faces imitando;
Nunca da ira do vento, que arrancando
os troncos vão, o teu injúria sinta;
nem por malícia de arte seja extinta
a cor, que está teu fruto debuxando.
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
a meu contentamento, e favoreces
com teu suave cheiro minha glória,
Se não te celebrar como mereces,
cantando-te, sequer farei contigo
doce, nos casos tristes, a memória.
*
Luís Vaz de Camões

Fotografia/Teresinha - Imagem de Camões/Internet

segunda-feira, março 15, 2010

Saudação ao Sol / Surya Namaskar

Quando o pensamento descansa no nosso interior...
A Natureza intacta
"Os 11 Magníficos" (só falta a "fotógrafa")
Convidado para o "almoço" ( para a próxima, levo o CAFÉ ;-)
As convidadas para o banho...
Alongamentos laterais (nas dunas)
" Mostra-me o caminho que me levará de tudo aquilo que está morto e me conduzirá até aquilo que está cheio de vida!" (Invocação transcrita do Brihadaran-yaka-Upanishad)
Alongamento intensivo sustentado
Uma curta paragem, durante um percurso que iniciou às 10h. e terminou pelas 16h. A chegada à praia
"O pensamento deve-se a duas causas: a respiração e as sensações. Se restringirmos uma das duas, a outra também se silencia." Hatha-Yoga-Pradipika
*

Anna Trökes/O Grande livro do Ioga- Fotografia/ Alcina, Teresinha e Sérgio Marques

segunda-feira, março 08, 2010

"Declaração de Afectividade"

8 de Março
O acordar manhã, em cada dia,
e sentir-lhe, do cheiro a claridade
renova-me o prazer e a alegria
de estar viva e não sentir saudade.
[...]
Laurinda Rodrigues/Vertigens do Ser - Fotografia/Teresinha (concerto de Ano Novo, RTP 1)
Dedicado a todas as mulheres*