Eu compunha o poema
e chorava
e sofria
e a minha mão falhava.
Se o rasguei
a culpa foi do dia
cheio de Sol!
( Quanto mais o sol branqueia
mais e mais fundo sentimos
a noite que nos rodeia...)
Do meu poema rasgado
fica o desejo sem fim
d`outro poema gritar.
Manuel da Fonseca / in A Mocidade
4 comentários:
Olá Querida!
Vim actualizar-me e deliciar-me com o que sempre nos deixas de grande qualidade.
Na sequência do poema que postaste diria que Manuel da Fonseca, de facto, muitos outros poemas escreveu. Deixo-te um, pequenino mas igualmente delicioso.
Vou:
disperso nas horas
incerto nos passos.
Rezo:
Vida havias de trazer horas brutais,
horas abertas,
rasgadas por minhas mãos ansiosas
de lúcidos temporais!
Penso:
se as não rasgar por minhas mãos
a vida não as dará jamais.
Manuel da Fonseca
Beijinho Com muita ternura e saudade.
A hora mais escura é antes do nascer do sol. Depois, tudo se compõe e estamos prontos para um novo dia!
Belo poema que partilhas connosco.
beijinhos --<-@>
Querida, Juja, muito obrigada pelo poema de Manuel da Fonseca que deixaste nos comentários.
Não conhecia ainda e olha que, temo-nos debruçado bastante sobre este escritor do nosso Concelho de Santigo do Cacém.
bj*
...e muitos outros há que ficarão para uma próxima oportunidade, Isabel.
Tenho andado um pouco descuidada com este trabalho que me dá muito prazer.
Que bom que também gostaste, amiga!
bj:*
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