e me cinja a cintura com as costas vizinhas
que há tantos anos já andam a recolher-me.
*
Meu hábito de vida pouco pode dizer-me
de quanto para bem ou para mal se abeira
de meu corpo e o roça ou chega a ser eu própria.
*
Proponho-te este jogo: eu dou-te uma coisa a ti
a que queiras. E dá-me tu a câmara lenta
em que eu me veja e em volta minhas coisas.
*
Detenhamos a sombra do sol em seus relógios,
E, só por este dia,
que contenha seu voo gentil marantéu.
*
Maria Vitória Atencia/Antologia Poética - Fotografia/ Gabrielle
8 comentários:
Talvez fazer parar o tempo para permanecer enlaçados, entorpecidos no fulgor da vida. Lindo poema. Obrigada por o ter divulgado! Jinho para si, Teresinha!
Oi minha Teresinha!
Soidades...mas com este presente musical e poético por aqui me quedei uns momentos e fiquei mais pertinho da amiga.Que bom!
Um beijinho
Olá Fátima.
De férias?
Bem merecidas, eu sei!
Obrigada pela visita.
Beijinho para si também, não esquecendo a mãe, tão querida...!:)
Bonito o poema.
E a jóia da fotografia não é obra da nossa Isabel?
Pareceu-me...
bjhs
Esta jóia, por acaso, não é obra da nossa Isabel, Carol.
É da Gabrielle, aquela amiga de Salzburgo:)
Ela tem mandado coisas lindas para mim. Vou partilhando, está bem?
Sorrisos luminosos para ti;)
Essa, é uma ilha onde eu gostaria de morar, de vez em quando, Profeta...!
Namastê^_^)
Poema tocante.
Embora não possamos parar o tempo ou vive-lo em câmara lenta, há sempre espaço no "tempo" para sonhar.
Sonhar é fácil, o mais difícil é acordar.
beijinho
... uma câmara lenta para me ver e ás minhas coisas ... (seria útil sem dúvida e a única maneira de sabermos realmente o que somos e o que temos)
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