Pedra a pedra a estrada antiga
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;
encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto
seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.
sobe a colina, passa diante
de musgosos muros e desce
para nenhum sopé;
encurva, na abstracta encruzilhada;
apaga-se, na realidade. Morre
como o rastilho do fogo,
que de campo em campo aberto
seguia, e ao bater na mágica cancela
dobrava a chama, para uma respiração,
e deixava o caminho do portal
incólume e iniciado.
Fiama Hasse Pais Brandão, in 'Três Rostos - Ecos"
Fotografia/ Teresinha
12 comentários:
Acho que conheço este caminho! A foto está muito bonita e os versos conduzem-nos pela estrada, pelo campo aberto, dobrando as curvas até onde ela nos quiser levar...
Linda fotografia,só tu para descobrires coisas lindas,e versos que ficam tão bem com a foto.
Um beijinho.
Conheces sim senhora!
Ele é testemunha dos "cantares" inesperados que entoaram de tão afinadas gargantas...
Foi lindo, Lami!
;)
Apesar de não ter tido tempo de comentar as tuas postagens nunca me esqueci desta Teresinha que admiro desde os primeiros dias que a conheci...simpatia,camaradagem, altruismo,sensibilidade, bom gosto e MUITA BOA doceira...muitos abraços e até breve.
Gostaste, Zé?
É assim a Natureza.
Ela está lá, nós é que temos de a descobrir e apreciar.
Eu sinto-me muito feliz pelas dádidas com que Ela me presenteia...
Obrigada (^_^)
Olha o céu da Céu, por aqui!
Já tinha saudades tuas.
Já te vi mas, foi quase de relance.
Quando é esse até breve?
Já descansou o suficiente?
Mas que mulher corajosa!!!
Pareces frágil, mas não és afinal!
Obrigada pelas tuas palavras, Céu.
-Olha que os doces não são todos feitos por mim.
Por falar nisso, tenho saudades de arroz doce...
Baci ;)
Uma estrada escarlate, por onde me apetece caminhar, numa inimaginada viagem, atraída pelo tom chamativo do chão/caminho e pela descoberta do que estará para além do visível, agora tapado pela fronde e sua sombra…
LINDA FOTOGRAFIA!!!!
Quanto a Domingo: Neste momento ainda não sei se estarei por cá. Imagine que pensei ir nesse dia a Santiago ver a minha tia que está num lar e que não está muito bem de saúde. Contudo ainda não decidi se vou ou não. Vou avaliar melhor a situação e ver a possibilidade de ir num outro dia. Se me enviar por email o seu nº de telemóvel, eu confirmarei.
;););)
Juja
Por giestas,tojo e trevo
um dia abandonei-me.
A medo, na giesta roçar a espádua,
e no tojo a pele dos artelhos.
Dor,mágua nesse caminho,
um dia seco entre montes.
(...)
Fiema H.P.Brandão
Bela foto jelico!O poema assenta-lhe bem...
Vamos ver então se dá, Juja.
Gostei do seu tom de voz...!
- Que bem ilustrou com as suas palavras a minha fotografia.
Era um local, tão quieto e "puro", que não resisti, bem (dentro) do nosso Alentejo.
Beijinho(^_^)
Este poema que me enviaste, Gigia, também lhe assentaria muito bem.
Gosto, quando me deixas aqui em tom de comentário, uma "alternativa"...
Beijinho e bom fim de semana.(^_^)
Estrada das caminhadas?
E das almoçaradas?
E a música é linda tal como o poema!
;)
Esta, não é a estrada das caminhadas, nem das almoçaradas, Carolina.
Esta estrada, avistei-a ao longe, depois de subir por uma outra, ao cimo de um monte onde foi construída uma Ermida lindíssima, azul e branca.
Disseram-me que foi mandada construir por um emigrante, mais não sei.
O acesso é difícil, mas, chega-se lá a cima e fica-se boquiaberto, sem vontade de vir embora...
Fica perto de Messejana, (Alentejo)
;))
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