o vento começa agora a cantar.
A terra estende-se diante de mim,
diante de mim estende-se ao longe.
Troveja agora na casa do vento,
troveja agora na casa do vento.
Percorro a terra dos trovões,
rugindo percorro a terra.
Às montanhas onde sopra o vento,
às montanhas onde sopra o vento
chegou o vento dos cem mil pés,
a elas chegou o vento correndo.
Chegou o obscuro Vento Serpente,
chegou o obscuro Vento Serpente.
Chegou e enrolou-se sobre si mesmo,
com seus cantos chegou correndo.
Poemas Ameríndios / Pimas / (mudados para português por) Herberto Helder - Fotografia/ Teresinha (Torre de Belém/ Lisboa)
A terra estende-se diante de mim,
diante de mim estende-se ao longe.
Troveja agora na casa do vento,
troveja agora na casa do vento.
Percorro a terra dos trovões,
rugindo percorro a terra.
Às montanhas onde sopra o vento,
às montanhas onde sopra o vento
chegou o vento dos cem mil pés,
a elas chegou o vento correndo.
Chegou o obscuro Vento Serpente,
chegou o obscuro Vento Serpente.
Chegou e enrolou-se sobre si mesmo,
com seus cantos chegou correndo.
Poemas Ameríndios / Pimas / (mudados para português por) Herberto Helder - Fotografia/ Teresinha (Torre de Belém/ Lisboa)
14 comentários:
Este poema vem mesmo a popósito. Sâo dias e dias de vento, chuva, trovoadas... Dias de Inverno!Turbulentos e inquietantes porque de frio, de humidade, de desconforto!
São dias de vento Serpente, de revoltas e de conflitos, de tempestades cheias de amargas desilusões... O poeta sabe quantos perigos se avizinham com a chegada do obscuro vento! Não há dúvidas da sua imensa sabedoria fruto da observação atenta da Natureza que tão bem "canta"!
Magnífico poema!
Jinhos e parabéns pelo seu bom gosto!
Lindo poema e a foto do ioga ficou ai muito bem, só a minha amiga para fazer coisas lindas,e está sempre a pôr coisas lindas dá gosto vir ao teu blog,beijos.
Os poemas são passaros que chegam
não de sabe de onde e pousam no livro que lês.
Quando fechas o livro eles alçam vôo como de um alçapão.
Eles não tem pouso,nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem.
E olhas,então,essas tuas mãos vazias no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti...
(Autor desconhecido)
Quando comecei a ver a postagem pensei: “desta vez a foto não é da Teresinha”. Mas é! Substimei o seu talento! Difícil de tirar e ficar assim tão bem. Deve tratar-se dum tecto ou dum grande painel numa parede. Quanto ao belo poema, aliado a outros que anteriormente nos deu a conhecer despertou-me a vontade de comprar o livro. Adorei a música! Parabéns pela sincronia total.
Beijinhos.
Dias turbulentos mesmo, Fátima!
Mas, se estamos no Inverno!
Eu gosto do tempo assim, do aconchego da minha casa...
Só me afecta mesmo, a humidade provocada pela chuva incessante.
-Obrigada pelo seu incentivo e pelo tempo que me dedica com as suas palavras tão bem colocadas.
Como só alguém, como a Fátima sabe colocar!
Grande sorriso para si.
:)
Zé, esta fotografia não foi tirada na sala de Yoga!
Lá, temos um enorme Sol no tecto, e muito mais pequenos em pontos estratégicos.
Vê-se que tens ido muito poucas vezes.
Mas está bem, estás perdoada.
Beijinhos :))
Gigia, adoro esse teu jeito de comentar as minhas postagens com um outro poema que escolhes, sempre tão bonitos, cheios de grande significado...
Vamos fazer uma coisa?
Ficas eleita por mim para me enviares, como tens feito até aqui, mas, vais deixar-me publicá-los na " primeira página"!
Pode ser?
Mesmo que não me autorizes, este, vou fazer de seguida. Tenho uma fotografia que se adapta aqui na perfeição.
Linda! ;))
Por acaso esta fotografia é minha, Juja!
O lapso é meu. Sabe porquê?
Devia pôr sempre o local onde foi tirada.
Por vezes faço-o, mas nem sempre.
Não é um tecto nem um painel de parede afinal...
Esta foi tirada junto à Torre de Belém, em Lisboa. Provávelmente já lá foi e pisou aquele chão, só que se calhar nem reparou, nas figuras mitológicas, e não só, que lá se encontram.
Costumo andar de "cabeça no ar", mas não me escapa cada pormenor "debaixo dos pés", por norma sou bastante observadora e, a fotografia é algo que me apaixona.
(sem pretenções).
- O livro, se quiser comprar (vale a pena) "Poemas Ameríndios" mudados para Português por Herberto Helder, da Assírio & Alvim
- A música é de um CD que a minha professora de Yoga me ofereceu no meu aniversário intitulado:
Indian Dances - "Ancient Voices".
Ainda bem que gostou.
Um abracinho para si Juja.
:)
Podes publicar tudo o que quiseres, ja te tinha dito isto quando te enviei as fotos.
As coisas da vida, na minha opinião, são para serem partilhadas.
E tu também concordas comigo,(Non é vero!?)
Já não fui a tempo de comentar o "Blog de Ouro" mas deixo aqui um aplauso pelo merecido prémio. :)
Ó, Gigia!!!!!
Tu podes comentar, seja que postagem for, em qualquer altura!!!
Mesmo que eu já tenha mais de cem publicadas depois daquela!!!
Sabes porquê?
Porque sempre que alguém faz um comentário, eu recebo uma mensagem na minha cx. de correio a dizer que, tenho um novo comentário.............
Entendeu?
Não tens de lá ir, mas se por acaso quisesses comentar alguma coisa que eu fiz, por exemplo, no ano passado poderias (e podes), sempre fazê-lo!
Abracinhos ;))))
Por acaso pensava que era no ioga que tinha visto essa foto, desculpa enganei-me....
O vento que sopra as caravelas, tal como nos Lusíadas... e a imagem tão bem captada na Praça do Império ... depois Herberto Helder a traduzir belos poemas . A simbiose perfeita!
Andaste a dar a tua voltinha, sempre de máquina fotográfica prota a captar belas imagens.
Belo o texto também!
;)))
Para a Laura e Carolina, assíduas e ilustres visitantes de "jelico", um carinhoso abraço.
(^_^(^_^)
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