sábado, agosto 11, 2007

AO CONTRÁRIO DAS ONDAS

[...]
Cá vou, Sabina, palmilhando com as minhas sandálias este solo arenoso e traiçoeiro das dunas e da vida, de olhos postos no horizonte, para lá da Ria Formosa, e em ti, amada fria, que te distancias da tua margem, incrédula de todo o sonho, e apesar de tudo o vais seguindo , como nós.
Olha, uma garça irmã da luz esvoaça sobre as águas. É nossa amiga também, como diria Zeca Afonso, e vai possivelmente e sem o saber, levar o sopro da vida ou a sua ilusão a outros seres iluminados, animais sedentos, folhas encharcadas de sol, bosques despenteados, insectos e outras formas da natureza que tudo somos..
O ar mexido, o facto de pouco ter dormido e querer enxotar tristezas, a comoção de todas as coisas que estou vendo e sentindo empurram-me para ti, tão longe...
[...]
Urbano Tavares Rodrigues - Ao Contrário das Ondas / Romance

6 comentários:

Anónimo disse...

Gostei da história dois seguidos só de ti para aminar o blogger, um grande beijo.

Jelicopedres disse...

E gostaste da música?
Eu...a d o r o... a d o r o, esta música!!!
:))
(agora vou deixar-vos uns dias, mas volto, me aguardem)!

Anónimo disse...

Volta depressa amiga, gosto muito do que escreves, muitos bjs.

Carolina disse...

Boa Viagem!
bjs

Jelicopedres disse...

Já voltei Ana, mas cansada e com uma gripe de verão, mito chata...
:)

Jelicopedres disse...

A viagem foi curta e correu bem, apesar de tudo.
Só que, agora, fiquei de "molho"...
É a minha vez agora, Carolina, ainda não sei quando vou ter Férias!
Beijinho para ti.