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Cá vou, Sabina, palmilhando com as minhas sandálias este solo arenoso e traiçoeiro das dunas e da vida, de olhos postos no horizonte, para lá da Ria Formosa, e em ti, amada fria, que te distancias da tua margem, incrédula de todo o sonho, e apesar de tudo o vais seguindo , como nós.
Olha, uma garça irmã da luz esvoaça sobre as águas. É nossa amiga também, como diria Zeca Afonso, e vai possivelmente e sem o saber, levar o sopro da vida ou a sua ilusão a outros seres iluminados, animais sedentos, folhas encharcadas de sol, bosques despenteados, insectos e outras formas da natureza que tudo somos..
O ar mexido, o facto de pouco ter dormido e querer enxotar tristezas, a comoção de todas as coisas que estou vendo e sentindo empurram-me para ti, tão longe...
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Urbano Tavares Rodrigues - Ao Contrário das Ondas / Romance
6 comentários:
Gostei da história dois seguidos só de ti para aminar o blogger, um grande beijo.
E gostaste da música?
Eu...a d o r o... a d o r o, esta música!!!
:))
(agora vou deixar-vos uns dias, mas volto, me aguardem)!
Volta depressa amiga, gosto muito do que escreves, muitos bjs.
Boa Viagem!
bjs
Já voltei Ana, mas cansada e com uma gripe de verão, mito chata...
:)
A viagem foi curta e correu bem, apesar de tudo.
Só que, agora, fiquei de "molho"...
É a minha vez agora, Carolina, ainda não sei quando vou ter Férias!
Beijinho para ti.
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