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Na década de 1850, Herculano conseguiu ser o favorito dos reis, que o recebiam no Paço, e do povo que enchia as salas onde ele falava em público. Os seus contemporâneos viam-no então como ele sempre quis ser visto: um profeta laico, cujas opiniões ocupavam as primeiras páginas dos jornais e decidiam as grandes questões públicas. Em 1872. o imperador do Brasil, quando visitou Portugal, fez questão de ir prestar homenagem ao "grande homem" em Vale de Lobos, a casa de Herculano na região de Santarém. Herculano era a maior glória nacional, homenageado por todas as academias da Europa e da América. Camões e Pessoa só poderam sonhar com um triunfo póstumo.
Herculano teve-o em vida.
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Revista, "actual" do Semanário Expresso
Imagem da Internet: Pormenor do Painel de Rafael Bordalo Pinheiro na Assembleia da República.
" A administração do país pelo país é a realização material palpável e efectiva da liberdade na sua plenitude". In: carta aos Eleitores do Círculo Eleitoral de Sintra por Alexandre Herculano (1858)