Pequena pausa...
Grupo na ponte
Ás 8,30, em frente da ASAS.
Tolerância: cinco minutos - diz a senhora directora - mulheres na maioria. Fato de treino, calçado confortável e chapéu (ou boné) na cabeça, garrafinha de água e pernas para andar.
Direcção: Ribeira da Badoca
Ao longo da ribeira, descobrimos a erva cavalinha, em grande abundância, lírios do campo, e toda a espécie de ervinhas, por catalogar, o tempo é para caminhar. Primeira paragem na ponte da ribeira ponto obrigatório para a fotografia. Após a ponte vimos uma horta onde parecia que o tempo a favor, tinha deixado um rasto de verde. Cada variedade de legumes e verduras no seu auge, pareciam dizer-nos - olhem como é fácil, nós fizemos a nossa parte, agora, vocês disfrutem.
Em cada quinta, cães de guarda. Numa delas tinha (apenas oito), pretos e grandes, muito zangados porque por aquelas bandas é raro (diriam eles), ver um grupo com tanta gente, a caminhar. Aqui e além surgem casinhas. Um rapaz no meio do nada, olha com alguma apreensão um carro com os pneus em baixo. -Que faço agora? (pensaria ele). Nós, continuámos. Mais à frente uma senhora veio ao jardim, e logo foi convidada a participar. - Ah não, já não tenho idade para isso, respondeu ela. Fomos andando... Parece-me um beco sem saída. -Olhem, grita de lá a senhora, por aí não tem saída. Se alguém ouviu, nada disse, um pouco à frente... não tinha saída mesmo!Voltámos para trás ( uns 200 metros). -Eu estava a chamar, a dizer que não tinha saída - pois foi - e ninguém tinha ligado. Sorriu quando lhe deram um beijinho, provávelmente um gesto bem positivo, para quem vive isolado...
Mais à frente depois de uma curva todos pararam. Ao lado de uma casinha protegida por árvores frondosas e sombras, num pequeno declive surge um jardim de figuras de barro, dispostas aqui e ali com uma graça que estava para aquele local, como um oásis para um deserto. - Ah, e aquela outra casa, com a piscina que tinha ao lado uma figueira tão frondosa que não era mesmo preciso daquele lado utilizar guarda sol. Campos semeados de um lado e outro do caminho, com uma simetria que mais parecia ter sido feita com régua e esquadro, enquanto o sistema de rega, (gota a gota) fazia o seu papel e apenas as plantas recebiam a água necessária ao seu desenvolvimento. Subimos e descemos, terrenos arenosos, caminhos de terra batida e por fim, a beira da estrada que nos conduziu de volta a casa, com a satisfação de uns 6 Km. percorridos quase sem darmos por isso. Teresinha Amoroso - Fotografias, Laura