segunda-feira, abril 26, 2010

26 DE ABRIL /1974


Abril

Vinhas descendo ao longo das estradas,
Mais leve do que a dança
Como seguindo o sonho que balança
Através das ramagens inspiradas

E o jardim tremeu,
Pálido de esperança.

Sophia de Mello Breyner / Obra Poética
*FELICIDADES minha FILHA!

quinta-feira, abril 22, 2010

Dia da TERRA na Terra

MAIS VERDE PRECISA-SE !!!.....
*
" Um pouco mais de azul - eu era além"
Mário de Sá-Carneiro
Fotografia/Teresinha

quarta-feira, abril 14, 2010

"Sem Abrigo..."

Voltei, para relembrar a quem por vezes esquece, que abrigo, significa: lugar onde se fica protegido, tecto, casa, refúgio, resguardo, casebre, cabana, casinhola, casota...!

Sem abrigo significa: abandono, desprezo pela vida, rua, chuva frio, vento, fome, sede, crueldade, vão de escada ou mesmo as escadas da sacristia de uma igreja como esta, em frente de uma frutaria, cujas caixas da fruta servem de cama e um saco do supermecado é a despensa onde se guarda o almoço o lanche e o jantar... ):

Ainda assim, o sono é reparador...!

Fotogafia/Teresinha

sábado, abril 10, 2010

Ainda Herculano

" Quem é esse Alexandre Herculano e esse Eurico o Pres... O quê? É do tempo do Camões, não? Só pode, pois deve ser chato como o zarolho! Quem é que me ia agora obrigar a ler um livro que até parece escrito numa língua estrangeira? Eu cá não preciso desses cotas de outras eras... Tenho net, tenho a televisão, tenho o telemóvel... A malta curte é outra onda!
Topas! "
Este é o discurso de alguns dos nossos alunos que, infelizmente, reagem assim ao ouvir-nos falar destes semideuses... De quem é a culpa? Actualmente, este e outros grandes nomes da nossa literatura foram banidos dos currículos de Português... Até a poesia trovadoresca e a do Cancioneiro Geral, até a tragédia "Castro", até Camilo Castelo Branco, até Garrett na prosa e na poesia... Tantos há que foram afastados porque aquilo que veiculavam era uma realidade desconhecida e desmotivadora para os nossos jovens porque se escrevem mal e lêem mal, pior ainda seria ao lerem galaico-português... São estes e outros argumentos de gente pouco esclarecida e que pretende e consegue levar os currículos a uma banalização, a uma pobreza constrangedora...
Assim, de vez em quando lá me atrevo a sussurrar-lhes um excerto do Eurico, um poema das Folhas Caídas, de uma carta de Teresa de Albuquerque, uma Cantiga de Amigo e outra de amor...
Assim, vou deixando a curiosidade de alguns germinar para que, um dia, eventualmente, venham a conhecer, por eles próprios, estes e outros autores estas e outras obras.
Mas... não estou lá muito confiante no meu almejado sucesso.
Texto deixado em jeito de comentário, relativo à postagem anterior sobre Alexandre Herculano
Por/Fátima Beja - Professora de Português