sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Moro no Oceano...

A maneira mais inteligente de passar um fim de semana, quando o Sol não brilha.
*****
De "papo para o ar", bem aconchegadinha num edredon, que em vez de Penas terá Folhas... Relaxe, mesmo que ao seu redor o mundo "gire ao contrário". Respire fundo e, deixe-se ficar o tempo que lhe apetecer. Ou então, NÃO!!! Bom fim de semana para todos, que "perdem" uns instantes do seu tempo para me visitarem.
"NAMASTÊ"!!!
Fotografia/ Teresinha - "Amália"/Oceanário de Lisboa

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Viagens...

A gaivota já poisou em todos os meus versos
trazendo sempre uma promessa de distâncias irreais.
*
Chega com o mau tempo. Fica de vigia.
Apenas uma brisa leve lhe arrepia
o desenho solene e rigoroso que compõe à beira do cais.
Há mundos insondáveis no riso que me lança
e que acende no meu peito uma criança com desejo
de improváveis desarrumos tropicais.
*
Quando abrir de novo as asas e partir
em busca de outros continentes, outras ilhas
deixará na praia do poema alguma pena
e o mapa confuso de pegadas andarilhas.
*
Digo adeus e fico a vê-la
a afastar-se lentamente no azul
e repito para mim próprio
e juro e volto a jurar
que um dia abro a janela
e vou com ela
viajar
*
José Fanha /Poemas com Animais/ (breve Antologia, organizada, seleccionada por José Fanha)
fotografia/teresinha

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

As Cores d' "Aurora"

" Pinceladas" de Sol no horizonte...
Virá a última cor
numa manhã de cinza.
Não serão precisas palavras,
nem lápis
nem papel.
Talvez nem sequer as emoções
que tornariam possível crer
que um deus vagabundo
Prenunciador de tempestades
colheria nas suas mãos
as duas primeiras flores ...
[...]
Tão premeável à luz
e tão por ela trespassada que os rios
se suspendem sobre a parede
aguardando que a mão
volátil do pintor
lhe aponte os últimos caminhos
da foz
ou da nascente.
*
Hugo Santos / A Cor - Fotografia/teresinha

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Charles Darwin /200 Anos

O biólogo e naturalista Charles Darwin nasceu em Inglaterra e viveu de 1809 a 1882. Durante um período de cinco anos colaborou em pesquisas realizadas nas costas e nas ilhas da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia. Ficou surpreendido com o grande número de espécies de plantas e animais que, até então eram desconhecidos. O que lhe chamou mais a atenção foi a incontável diversidade de tentilhões, que só conheceu nas ilhas Galápagos, situadas na costa ocidental da América do Sul. Permaneceu nessa viagem científica durante cinco anos procurando descobrir a razão da grande diversidade de plantas e animais.
Em 1859, na certeza de ter encontrado respostas escreveu o livro: "A Origem das Espécies". Posteriormente escreveu a obra: "A Descendência do Homem", onde manifestou as suas ideias sobre o ressurgimento da raça humana no planeta Terra. Estes dois livros geraram muita controvérsia na época, contudo, hoje em dia, muitas das suas ideias são aceites pela ciência.
Ele acreditou que a razão de existirem pequenas diferenças na descendência, tanto das plantas como dos animais, fazem com que certas espécies vivam mais tempo do que outras, No caso de possuirem vida mais longa, estas gerarão mais descendentes, e este facto permitirá o aparecimento gradual de novos tipos de variações.
[...]
«200 anos depois, do nascimento de Charles Darwin»
Imagem/images.amazon.com

domingo, fevereiro 08, 2009

"Deus do Mar"

«Neptuno, filho de Saturno e irmão de Júpiter e de Plutão. Em seu palácio no fundo do mar tinha encerrados os cavalos marinhos que puxavam o seu carro sobre as ondas». (mitologia romana)

E já no porto da Ínclita Ulisseia
C'um alvoroço nobre e c'um desejo
(Onde o licor mistura a branca areia
Co'o salgado Neptuno o doce Tejo)
As naus prestes estão; e não refreia
Temor nenhum o juvenil despejo,
Porque a gente marítima e a de Marte
Estão para seguir-me a toda a parte

Julgando já Neptuno que seria
Estranho caso aquele, logo manda
Tritão que chame os Deuses da água fria,
Que o mar habitam dua e doutra banda,
Tritão, que de ser filho se gloria
Do rei e da Salácia veneranda,
Era mancebo grande, negro e feio,
Trombeta de seu pai e seu correio.

Luís de Camões/Os Lusíadas - Canto IV, Canto VI - 84 , 16 -respectivamente
Fotografia/Teresinha

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Rosa-dos-ventos

Queria quebrar todos os ventos verter para o silêncio
o fluido artificial da voz;
ficar suspenso num pequeno círculo
como uma sílaba discreta
no meio de um verso abandonado;
errar todas as direcções
e habitar o mais previsível
dos lugares
onde fosse encontrar
um pouco de matéria para a
alma.


Nuno Higino/Onde Correm as Águas - fotografia/Teresinha /Lisboa